O que é CPR?
A CPR, ou Cédula do Produtor Rural, é um título de crédito utilizado por produtores rurais, cooperativas e associações.
Ela serve como uma promessa de entrega futura de produtos agropecuários ou pagamento em dinheiro, dependendo da modalidade contratada.
Esse documento é muito utilizado no mercado agro por permitir que produtores consigam crédito para financiar suas operações antes mesmo da colheita.
Assim, a CPR não só facilita o fluxo financeiro, como também aumenta a eficiência e previsibilidade nas operações agrícolas.
Conheça a legislação da CPR
A CPR foi criada pela Lei nº 8.929/1994 como uma solução para estruturar o crédito rural no Brasil. Essa legislação regulamenta todas as etapas do processo, garantindo direitos tanto ao emitente quanto ao detentor do título.
Desde sua criação, a CPR passou por ajustes para acompanhar as necessidades do mercado agropecuário.
Um exemplo foi a inclusão da CPR Financeira, que ampliou o alcance desse instrumento, permitindo a liquidação em dinheiro e aumentando sua flexibilidade.
O registro da CPR em cartórios ou plataformas digitais é obrigatório, o que garante maior segurança às partes envolvidas. Além disso, instituições financeiras e investidores reconhecem a CPR como um mecanismo confiável de acesso a crédito.
Qual é a diferença entre CCR E CPR?
A CCR e a CPR (Cédula do Produtor Rural) são instrumentos diferentes, mas ambos fundamentais no setor agro.
A CCR (Convênio de Pagamentos e Créditos Recíproco) é voltada para financiamentos concedidos por instituições financeiras. Neste caso, o banco assume um papel central na liberação de crédito com base em garantias apresentadas pelo produtor.
Já a CPR permite que o produtor negocie diretamente com investidores, compradoras de produtos ou até cooperativas.
Essa flexibilidade faz da CPR uma opção mais ágil para atender às necessidades do campo, especialmente para quem busca independência dos bancos.
Quais as modalidades de CPR?
A CPR é emitida em duas modalidades principais, adaptáveis às necessidades dos produtores e do mercado:
CPR Física
Essa modalidade se refere a entrega efetiva dos produtos agropecuários descritos no título.
Exemplo: um produtor pode emitir uma CPR Física para garantir a entrega de 1.000 sacas de soja para um comprador.
A CPR Física é muito usada em operações onde existe garantia de safra, conectando produtores e compradores com segurança jurídica.
CPR Financeira
Aqui, a CPR é liquidada em dinheiro, com base no valor dos produtos descritos no título. O montante a ser pago pode variar conforme o preço de mercado do setor no momento do vencimento.
Essa modalidade é ideal para quem deseja flexibilidade financeira, sem a necessidade de entregar produtos físicos.
Para que serve a CPR?
A CPR é uma ferramenta versátil que atende diversas finalidades no agronegócio.
Ela permite que produtores rurais obtenham crédito ou financiamento com base em sua produção futura. Assim, é possível investir em insumos, equipamentos ou expansão das operações antes mesmo de colher os frutos.
Além disso, a CPR fortalece as relações comerciais, oferecendo segurança jurídica tanto para quem emite quanto para quem investe, promovendo mais eficiência e confiança no mercado.
Quais são as vantagens da CPR?
A CPR traz uma série de benefícios para quem atua no setor agropecuário. Sua adoção pode transformar a gestão financeira e ampliar as oportunidades de negócios. Confira abaixo as principais vantagens:
Acesso facilitado ao crédito
A CPR permite que produtores rurais consigam crédito de maneira mais rápida e prática.
Em outras palavras, ao oferecer um título baseado em produtos agropecuários, ela atrai investidores e instituições financeiras que enxergam segurança no retorno do investimento.
Flexibilidade nas negociações
Ao contrário de muitos instrumentos financeiros, a CPR permite negociações personalizadas, tanto no formato físico (entrega de produtos) quanto no financeiro (liquidação em dinheiro).
Essa flexibilidade ajuda a atender necessidades específicas do produtor e do comprador.
Segurança jurídica
A CPR é regulamentada pela legislação brasileira, garantindo validade e proteção nas transações. Isso oferece mais confiança para as partes envolvidas, além de minimizar riscos em negociações.
Incentivo à produção
Com acesso ao crédito por meio da CPR, os produtores conseguem investir em insumos, tecnologia e infraestrutura, aumentando sua capacidade produtiva e competitividade no mercado.
Aproximação com investidores
A CPR funciona como uma ponte entre o produtor e o mercado financeiro, atraindo investidores interessados no setor agropecuário. Esse contato direto facilita o financiamento de projetos e fortalece a relação entre as partes.
Como fazer uma CPR?
A criação de uma CPR exige atenção a detalhes legais e estratégicos. Seguir as etapas corretamente garante segurança jurídica e facilita as negociações entre as partes envolvidas. Entenda:
Identifique sua necessidade
O primeiro passo é entender por que você precisa emitir uma CPR. Considere:
• Vai precisar de crédito imediato para custear a produção?
• Deseja antecipar recursos financeiros em troca de produtos futuros?
Esse entendimento ajudará a definir o tipo de CPR (Física ou Financeira) mais adequado.
Prepare o título
O documento deve conter informações claras e detalhadas sobre:
• Deseja antecipar recursos financeiros em troca de produtos futuros?
• O objeto da CPR (produtos ou valores a serem entregues);
• Prazos e condições de pagamento ou entrega;
• Juros aplicáveis (caso existam);
• Penalidades em caso de descumprimento.
É recomendado buscar ajuda de um advogado ou consultor especializado para evitar erros.
Defina garantias
Inclua as garantias que asseguram a operação. Elas podem ser:
• Bens imóveis ou móveis do emissor;
• O próprio produto a ser entregue, em caso de CPR Física;
• Recursos financeiros reservados, no caso de CPR Financeira.
Negocie com a outra parte
É essencial alinhar expectativas com a outra parte antes de formalizar a CPR. Essa etapa ajuda a evitar conflitos futuros. Sendo assim, discuta:
• Valores;
• Prazos de entrega ou pagamento;
• Termos de cancelamento ou renegociação.
Registre o título
O registro formaliza o documento e garante sua validade jurídica. Para registrar:
• Escolha um cartório ou entidade certificada;
• Apresente a documentação necessária (dados do emissor, descrição das garantias, etc.);
• Pague as taxas aplicáveis.
Seguindo essas etapas, você estará preparado para emitir uma CPR com segurança e eficiência.
Quem consegue emitir uma CPR?
A CPR pode ser emitida por produtores rurais, cooperativas, associações do setor agro ou empresas ligadas à produção agrícola.
O emissor deve comprovar sua atuação no setor e possuir produtos ou capacidade de produção para respaldar o título. Essa abrangência permite que tanto pequenos quanto grandes produtores utilizem essa ferramenta.
Quais os juros da CPR?
Os juros de uma CPR dependem da negociação entre as partes e das condições do mercado. Podem ser fixos ou atrelados a indicadores como a variação de preços do mercado.
Além disso, em algumas operações, os juros podem ser substituídos por ajustes no valor do produto entregue.
É importante avaliar bem essas condições para que o custo do financiamento seja vantajoso e sustentável.
Quando a CPR pode ser solicitada?
A CPR pode ser emitida em qualquer momento do ciclo agrícola, desde que o produtor tenha um planejamento de produção bem estruturado. Geralmente, é solicitada nas seguintes situações:
• Antes do plantio: para adquirir insumos como sementes, fertilizantes e defensivos agrícolas;
• Durante a safra: para cobrir despesas operacionais como manutenção de equipamentos ou pagamento de mão de obra;
• Pós-colheita: para garantir melhores condições de comercialização, permitindo que o produtor armazene a produção até que o mercado ofereça preços mais favoráveis.
A flexibilidade de solicitação faz da CPR uma excelente alternativa para garantir a sustentabilidade financeira de projetos agrícolas em diferentes estágios.
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Recentemente, lançamos para os nossos associados o Histórico de Operações em Agronegócio. Um insumo valioso que pode ser utilizado para turbinar diversos tipos de consulta de CPF ou CNPJ.
Com ele, é possível verificar dados como tipos de CPR ativas, os produtos rurais relacionados, quais delas estão para vencer, quais foram pagas pontualmente, quais possuem algum tipo de garantia e muitos outros detalhes sobre esse tipo de transação.
Além desse histórico, também é possível consultar o Score Agro — uma pontuação que vai de 0 a 1.000 para avaliar um CPF ou CNPJ com base nas movimentações realizadas dentro do segmento. E assim como acontece no Score de Crédito que é mais popularmente conhecido, quanto maior essa nota, menor é o risco apresentado.
Utilizando essas informações, produtores e empresas do agronegócio garantem benefícios como:
• Facilidade e velocidade: nos processos de análise feitos no dia a dia, essas informações podem simplificar e automatizar o processo de tomada de decisão;
• Avaliação de Risco de Crédito: empresas que concedem crédito podem usar essas informações para avaliar o histórico de crédito de clientes e parceiros em potencial. Isso ajuda a determinar o risco de inadimplência e a tomar decisões mais seguras;
• Prevenção de golpes e fraudes: um histórico consistente ajuda a identificar empresas realmente confiáveis para fechar negócios, evitando problemas futuros e, muitas vezes, irreversíveis.
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