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Educação Financeira: Como evitar o superendividamento

A educação financeira é uma ferramenta essencial para o bem-estar das pessoas. Ter conhecimento sobre como lidar com o próprio dinheiro permite tomar decisões mais conscientes, evitar dívidas desnecessárias e conquistar objetivos de curto, médio e longo prazo.

No entanto, ainda é comum que muitos brasileiros enfrentem dificuldades pra equilibrar o orçamento, lidar com imprevistos ou até compreender os impactos dos juros em um parcelamento. A consequência disso? O temido superendividamento.

Neste artigo, você vai entender por que a educação financeira é uma aliada importante pra prevenir dívidas excessivas, como ela pode ser aplicada em todas as etapas da vida e conhecer iniciativas que tem deixado esse tema acessível.

O que é educação financeira?

A educação financeira é o conjunto de conhecimentos que ajuda pessoas a administrarem melhor seus recursos. Isso inclui entender como funciona o orçamento pessoal, como evitar o consumo impulsivo, como poupar, investir e usar o crédito de forma consciente.

No Brasil, a preocupação com esse tema cresceu nas últimas décadas, principalmente com o aumento do acesso ao crédito e das taxas de inadimplência.

Evolução da educação financeira no Brasil

Falar sobre educação financeira no Brasil é compreender uma trajetória recente e em desenvolvimento. Durante boa parte do século XX, temas como orçamento doméstico, crédito, juros e planejamento financeiro foram ignorados tanto no ambiente escolar quanto nas famílias.

A partir dos anos 2000, com a popularização dos cartões de crédito, financiamentos e empréstimos, milhões de brasileiros passaram a consumir mais — muitas vezes, sem compreender os riscos.

O aumento da inadimplência e do endividamento trouxe à tona a necessidade de se falar sobre educação financeira de forma mais ampla e estruturada.

Em 2010, foi criada a Estratégia Nacional de Educação Financeira (ENEF), coordenada pelo Fórum Brasileiro de Educação Financeira (FBEF), reunindo governo, instituições financeiras, entidades de defesa do consumidor e setor educacional — com foco em três pilares: conscientização, capacitação e inclusão financeira.

Quatro anos depois, em 2014, a educação financeira passou a integrar a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), sendo abordada de forma transversal nas escolas, principalmente na Educação Básica.

Isso significa que temas relacionados ao dinheiro, consumo, trabalho e planejamento começaram a ser abordados nas disciplinas de matemática, ciências humanas e até projetos interdisciplinares.

Mais recentemente, o acesso digital a conteúdos, aplicativos e cursos online facilitou o aprendizado sobre finanças pessoais. A pandemia da Covid-19 também reforçou a importância do controle de gastos e da criação de uma reserva de emergência.

Como a falta de educação financeira leva ao superendividamento

Sem educação financeira, é fácil perder o controle: muitas pessoas acabam com compras parceladas mal planejadas, uso excessivo do cartão de crédito e empréstimos feitos sem avaliar o impacto das parcelas no orçamento.

O superendividamento surge quando a pessoa já não consegue pagar suas dívidas, mesmo após negociações. Esse quadro, além de causar impactos econômicos, também afeta a saúde mental e emocional das pessoas e suas famílias.

Aprender como prevenir dívidas é fundamental. Quanto mais o consumidor entende sua realidade financeira, menores são os riscos de cair em uma espiral de débitos.

Boas práticas de educação financeira

Aprender sobre educação financeira desde cedo ajuda a formar jovens e adultos mais conscientes, com hábitos de consumo responsáveis e maior preparo pra lidar com o próprio dinheiro.

Ensinar aos pequenos conceitos básicos de economia doméstica pode começar com atitudes simples, como:

• Usar cofrinhos ou mesadas educativas pra ensinar o valor do dinheiro;

• Estimular o hábito de poupar pra conquistar um objetivo;

• Introduzir o conceito de precisar x querer, mostrando que nem tudo o que se deseja deve ser comprado de imediato.

Na adolescência, o foco pode ser ampliado com a introdução de noções sobre cartão de crédito, juros e orçamento mensal.

Já na vida adulta, o ideal é consolidar esse conhecimento por meio de práticas como:

• Compreender a diferença entre comprar à vista ou parcelado e quando cada escolha é mais vantajosa;

• Saber calcular e evitar os juros do cartão de crédito, que podem se tornar uma armadilha;

• Criar uma reserva de emergência pra lidar com imprevistos sem recorrer ao crédito caro.

• Acompanhar sua situação financeira com consultas de CPF e ficar por dentro de informações importantes como Score de Crédito, lista das dívidas, valores atualizados e muito mais.

Leia também: Educação Financeira Infantil - Como incentivar bons hábitos desde cedo.

Como criar uma cultura de organização financeira familiar

A organização financeira familiar não se constrói do dia pra noite. Ela depende de hábitos, diálogo e, principalmente, da conscientização de todos os membros da família.

Estabelecer uma rotina de controle financeiro dentro de casa é essencial pra prevenir dívidas a longo prazo.

Aqui vão algumas estratégias pra criar uma cultura financeira sólida no ambiente doméstico:

• Fazer um diagnóstico financeiro familiar: quanto entra, quanto sai e pra onde vai cada centavo;

• Reuniões mensais em família pra revisar os gastos e definir metas;

• Criar um orçamento compartilhado e usar ferramentas ou apps de controle financeiro;

• Estimular todos a pensar antes de comprar, refletindo se aquela compra realmente faz sentido naquele momento;

• Definir metas coletivas, como uma viagem, a compra de um bem ou opções de investimentos, pra incentivar o planejamento e a disciplina;

• Mostrar o valor da estabilidade financeira.

Falar abertamente sobre dinheiro dentro de casa também ajuda a desmistificar o assunto. Isso fortalece a responsabilidade individual e promove o espírito de cooperação.

Leia também: Educação financeira - Tudo o que você precisa saber para dar o primeiro passo.

Iniciativas que promovem a educação financeira

Hoje, algumas iniciativas públicas e privadas têm como objetivo tornar esse conhecimento acessível, oferecendo cursos, capacitações e materiais gratuitos.

Conheça 4 iniciativas que estão ajudando a transformar a relação dos brasileiros com o dinheiro:

1. Semana Nacional de Educação Financeira

Desde 2014, a semana ENEF tem se consolidado como um evento nacional de referência na promoção da educação financeira, securitária, previdenciária e fiscal. Em 2025, reuniu diversas iniciativas em todo o Brasil e seu foco principal foi preparar crianças, adolescentes e jovens para um futuro financeiramente mais consciente.

2. Meu Bolso em Dia

Meu Bolso em Dia é uma plataforma da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) com apoio do Banco Central do Brasil (Bacen) que oferece conteúdo sobre saúde financeira e educação financeira pra consumidores.

3. Escola Virtual do Governo

A Escola Virtual do Governo é uma plataforma de cursos a distância oferecida pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap) em parceria com outras escolas de governo e instituições. Dentre as ofertas de cursos, é possível encontrar conteúdos financeiros do cotidiano de forma lúdica e interativa.

4. Educação para Consumidores do Idec

O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) oferece vídeos, aulas, materiais de apoio e respostas sobre finanças pra consumidores.

SPC Brasil: seu parceiro nessa jornada

Ter uma boa relação com o dinheiro não é apenas uma questão de quanto se ganha, mas de como se administra o que se tem. E essa habilidade é desenvolvida com informação, prática e consciência.

Você pode contar com o SPC Brasil nessa jornada: oferecemos uma série de ferramentas e conteúdos educativos pra apoiar consumidores na organização das suas finanças.

A educação financeira é um direito de todos e deve ser parte do cotidiano. Ela ajuda a prevenir dívidas, evitar o superendividamento e conquistar mais tranquilidade e autonomia.

Por isso, busque conhecimento. Pequenas atitudes podem fazer uma grande diferença no futuro das suas finanças.

Clique aqui, baixe o app SPC Consumidor e consulte seu CPF facilmente. Estimule sua família a acompanhar também e comece a transformar sua vida financeira!

29/07/2025

    Acesso rápido

  1. Educação Financeira: Como evitar o superendividamento
  2. O que é educação financeira?
  3. Evolução da educação financeira no Brasil
  4. Como a falta de educação financeira leva ao superendividamento
  5. Boas práticas de educação financeira
  6. Como criar uma cultura de organização financeira familiar
  7. Iniciativas que promovem a educação financeira
  8. SPC Brasil: seu parceiro nessa jornada

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