Educação Financeira: Como evitar o superendividamento
A educação financeira é uma ferramenta essencial para o bem-estar das pessoas. Ter conhecimento sobre como lidar com o próprio dinheiro permite tomar decisões mais conscientes, evitar dívidas desnecessárias e conquistar objetivos de curto, médio e longo prazo.
No entanto, ainda é comum que muitos brasileiros enfrentem dificuldades pra equilibrar o orçamento, lidar com imprevistos ou até compreender os impactos dos juros em um parcelamento. A consequência disso? O temido superendividamento.
Neste artigo, você vai entender por que a educação financeira é uma aliada importante pra prevenir dívidas excessivas, como ela pode ser aplicada em todas as etapas da vida e conhecer iniciativas que tem deixado esse tema acessível.
O que é educação financeira?
A educação financeira é o conjunto de conhecimentos que ajuda pessoas a administrarem melhor seus recursos. Isso inclui entender como funciona o orçamento pessoal, como evitar o consumo impulsivo, como poupar, investir e usar o crédito de forma consciente.
No Brasil, a preocupação com esse tema cresceu nas últimas décadas, principalmente com o aumento do acesso ao crédito e das taxas de inadimplência.
Evolução da educação financeira no Brasil
Falar sobre educação financeira no Brasil é compreender uma trajetória recente e em desenvolvimento. Durante boa parte do século XX, temas como orçamento doméstico, crédito, juros e planejamento financeiro foram ignorados tanto no ambiente escolar quanto nas famílias.
Em 2010, foi criada a Estratégia Nacional de Educação Financeira (ENEF), coordenada pelo Fórum Brasileiro de Educação Financeira (FBEF), reunindo governo, instituições financeiras, entidades de defesa do consumidor e setor educacional — com foco em três pilares: conscientização, capacitação e inclusão financeira.
Como a falta de educação financeira leva ao superendividamento
O superendividamento surge quando a pessoa já não consegue pagar suas dívidas, mesmo após negociações. Esse quadro, além de causar impactos econômicos, também afeta a saúde mental e emocional das pessoas e suas famílias.
Boas práticas de educação financeira
• Usar cofrinhos ou mesadas educativas pra ensinar o valor do dinheiro;
• Estimular o hábito de poupar pra conquistar um objetivo;
Já na vida adulta, o ideal é consolidar esse conhecimento por meio de práticas como:
• Compreender a diferença entre comprar à vista ou parcelado e quando cada escolha é mais vantajosa;
• Saber calcular e evitar os juros do cartão de crédito, que podem se tornar uma armadilha;
• Criar uma reserva de emergência pra lidar com imprevistos sem recorrer ao crédito caro.
• Acompanhar sua situação financeira com consultas de CPF e ficar por dentro de informações importantes como Score de Crédito, lista das dívidas, valores atualizados e muito mais.
Leia também: Educação Financeira Infantil - Como incentivar bons hábitos desde cedo.
Como criar uma cultura de organização financeira familiar
Aqui vão algumas estratégias pra criar uma cultura financeira sólida no ambiente doméstico:
• Fazer um diagnóstico financeiro familiar: quanto entra, quanto sai e pra onde vai cada centavo;
• Reuniões mensais em família pra revisar os gastos e definir metas;
• Criar um orçamento compartilhado e usar ferramentas ou apps de controle financeiro;
• Definir metas coletivas, como uma viagem, a compra de um bem ou opções de investimentos, pra incentivar o planejamento e a disciplina;
• Mostrar o valor da estabilidade financeira.
Leia também: Educação financeira - Tudo o que você precisa saber para dar o primeiro passo.
Iniciativas que promovem a educação financeira
Conheça 4 iniciativas que estão ajudando a transformar a relação dos brasileiros com o dinheiro:
1. Semana Nacional de Educação Financeira
Desde 2014, a semana ENEF tem se consolidado como um evento nacional de referência na promoção da educação financeira, securitária, previdenciária e fiscal. Em 2025, reuniu diversas iniciativas em todo o Brasil e seu foco principal foi preparar crianças, adolescentes e jovens para um futuro financeiramente mais consciente.
2. Meu Bolso em Dia
Meu Bolso em Dia é uma plataforma da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) com apoio do Banco Central do Brasil (Bacen) que oferece conteúdo sobre saúde financeira e educação financeira pra consumidores.
3. Escola Virtual do Governo
A Escola Virtual do Governo é uma plataforma de cursos a distância oferecida pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap) em parceria com outras escolas de governo e instituições. Dentre as ofertas de cursos, é possível encontrar conteúdos financeiros do cotidiano de forma lúdica e interativa.
4. Educação para Consumidores do Idec
O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) oferece vídeos, aulas, materiais de apoio e respostas sobre finanças pra consumidores.
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